sábado, 29 de abril de 2017

Dispersão

 Já é esperado que, ao longo da nossa vida, fiquemos cada vez mais afastados das pessoas que conhecemos. Desde deixar os amigos do básico quando escolhemos a escola secundária, deixar de ver tão frequentemente pessoas da família e vizinhança por estarmos cada vez mais ocupados, passar a maior parte da semana na cidade em que entrámos na faculdade e ver cada vez menos os amigos da cidade natal.
 Mas, pelo menos para mim, nunca se torna mais fácil. Se antes se tratava de uma questão de cidades, agora falamos de países diferentes. Se antes era uma, duas ou três pessoas, agora o número aproxima-se a passos largos da dezena.
 Não posso dizer que os perco, porque na verdade o contacto digital mantém-se e tenho direito a algumas visitas por ano. Mas perde-se a espontaneidade. Perde-se o "Estava a passar perto de tua casa, estás por aí?". Perdem-se as idas à praia quando acordamos e está um dia bonito, ou os cafés combinados à última da hora para contar as novidades. 
Que saudades.



Com amor,
Catarina

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Guia para Londres - Greenwich, Tower Bridge & St Paul's Cathedral

 Por proximidade ao hospital onde estava a estagiar, fiquei numa pequena localidade que ficava bem mais perto de Greenwich do que de Londres. A meio de uma conversa, a minha senhoria falou-me sobre ir até Greenwich e aproveitar para andar de barco até Londres pelo rio Tamisa, que era uma experiência bonita. Aceitei a sugestão e lá fui eu.
 A viagem de barco sucedeu no meu último dia de passeio, antes de voltar para Portugal. Foi o dia em que de seguida fui ao Carnaval de Notting Hill e acabei a tarde em Hyde Park.
 No dia anterior tinha ido ver algumas das famosas pontes por Londres e mais alguns marcos da cidade que me tinham escapado.
 Sei que da próxima vez (espero que haja!) que visite a capital inglesa, tentarei fazer um percurso até às pontes e depois a viagem até Greenwich (que parte de Westminster ou da London Bridge), pois com tanto deslumbramento esqueci-me de ir ver o local que assinala o meridiano...

O primeiro ponto de visita em Greenwich, foi o Greenwich Park. onde se encontra o Royal Observatory. Já foi um espaço de caça, mas actualmente é um parque onde se vê famílias e turistas a passear. É enooorme e, deslumbrada com a paisagem, deixei-me perder lá dentro enquanto absorvia aquela atmosfera pacífica e natural.


Sem ser a paisagem "natural" também existiam zonas, interditas a cães, com jardins bem estruturados cheios de flores e espécies de flora mais exóticas.
 Encantei-me por exemplo com os Rose Gardens das fotos abaixo.




Foi neste café acima, que comi qualquer coisa a meio da manhã. Lembro-me que o ambiente era acolhedor e super adorável.
 Saí do parque e dirigi-me sem pressas para o local de onde saem os barcos que fazem a ligação com Londres. Do pouco que vi, Greenwich tinha ruas bastante engraçadas e pequenos mercados por toda a parte com muita diversidade cultural.

Um dos locais em que podem sair do parque é London Bridge, que eu tinha visitado no dia anterior. Imponente, mas também bastante bonita e convidativa com os tons azuis e dourados.


A Millenial Bridge é uma das pontes mais recentes, mas que permite também uma óptima visão para as duas margens do rio Tamisa. 



 Perto dela têm a Catedral de St. Paul, à qual não consegui tirar uma fotografia decente tal é a sua enormidade. A cúpula é impressionante e os jardins à volta também são convidativos a comprar qualquer coisa perto e consumir enquanto se admira a catedral. Dos edifícios mais imponentes que já vi.




E com esta me despeço dos locais de Londres! Confesso que, embora goste de recordar os meus passeios, tornava-se cada vez mais difícil ter motivação para escrever sobre esta viagem de há 8 meses atrás. Mas mais vale tarde que nunca, certo?

Com amor,
Catarina


Outras publicações sobre Londres: DicasWalk Like a LondonerBrightonCamdenCarnaval de Notting Hill

sábado, 22 de abril de 2017

A hora B

No fim-de-semana da Páscoa tive o previlégio de ir com os meus pais e irmão conhecer Edimburgo, a capital da Escócia. Gostei imenso do local, do ambiente, das paisagens e espero vir dar-vos a conhecer melhor a minha experiência em publicações vindouras.
 Depois consegui estar uns dias com o meu namorado a matar saudades e conhecer a sua casa nova. Voltei para a "terra" e retomei a missão TESE.
 A minha rotina diária tem sido acordar, tomar o pequeno-almoço a ver Friends, fazer yoga ou o novo desafio da Blogilates, tomar banho, internet, brincar e dar o almoço ao Bóris, almoçar e ir para a biblioteca.
 Depois de uma tarde a dar no duro, a ter picos de motivação e desmotivação e farta de olhar para o ecrã do computador, só eu sei o que me sabe bem chegar a casa a uma hora do jantar. É a hora B, em que deixo as minhas responsabilidades de lado e só me preocupo em estar no nosso jardim a atirar bolas, a treinar truques e a esfregar a barriga do meu Bóris bebé. Que privilégio é ter recursos e tempo para amar um cão.


Desejo-vos um óptimo fim de semana!

Com amor,
Catarina

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Fresh Off The Boat


 Já há algum tempo que não andava tão obcecada por uma série como estou por Fresh Off the Boat.
 Tudo começou quando estava num serão com os meus pais a fazer zapping. Parámos na Fox Comedy e vimos que estava a dar uma série nova. Apanhámos o episódio a meio e acompanhámos até ao fim, tinha alguma piada. Fui às gravações automáticas do MEO ver a primeira parte do episódio e quando dei por mim já estava a ver todos os episódios que tinham sido transmitidos até ao momento. Apaixonei-me.
 É uma série muito leve, de comédia, em que acompanhamos uma família de americanos asiáticos desde o momento em que vão para uma nova cidade, onde não há uma chinatown como a que viviam anteriormente.
 A mãe, que é a minha personagem favorita, é muito ligada aos costumes e padrões de exigência chineses mas, embora não queira admitir, também gosta da cultura americana. O pai é o good guy lá de casa, que decidiu começar o seu próprio negócio. A personagem principal é o Eddie, o irmão mais velho, que adora hip-hop e diz ser alguém de raça negra preso num corpo asiático. Os irmãos mais novos, Emery e Evan, são tudo o que um "bom rapaz chinês" tem de ser, perfeitos, adoráveis e muito engraçados.
 Já estou a meio da segunda temporada e não consigo deixar de aconselhar a toda a gente esta série que me faz rir em cada episódio e cujas personagens adoro cada vez mais.


Já conheciam a série?


Tenham o resto de uma óptima semana!

Com amor,
Catarina

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Calças e a minha Auto-estima

 Uma das coisas que percebi quando fui à nutricionista é que estive magra demais. Isto reflectiu-se não só na mentalização de que tenho uma imagem distorcida do que deve ser um corpo saudável na minha cabeça, mas também no meu guarda-roupa.
 Tinha uma percentagem demasiado baixa de gordura corporal para o que uma mulher saudável deve ter, mas como não o sabia, continuava a achar que era uma falsa magra porque não tenho uma barriga com abdominais à mostra, o meu rabo não é empinadinho, tenho celulite e as minhas coxas são o dobro das normais modelos de roupa. Para mim foi muito importante ter valores concretos à minha frente, porque a verdade é que todos temos corpos diferentes e um corpo saudável não obedece a um molde de fábrica.
 Tinha algumas calças no armário que me serviam apenas em algumas alturas. Quando eu estava "melhor" achava eu. Portanto quando atingi um peso mais aconselhável e deixaram de me servir doei-as.
 Havendo esta pequena lacuna no meu arsenal de calças, dirigi-me a um centro comercial curiosa com uma promoção da H&M no 2º par deste tipo de peça. Fiquei desmotivada porque não havia calças que me fizessem sentir confortável. Normalmente ou me apertavam as coxas e ficavam bem na cintura, ou então as pernas ficavam bem mas a cintura encontrava-se em órbita. Se me ficava bem nesses dois locais, era o rabo que ficava achatado e apertado.
 Já me tinha dado por derrotada quando a minha mãe me perguntou se não queria passar pela Tiffosi, até porque já tenho dois pares da loja. E o quão a minha auto-estima subiu naqueles provadores. Não sei se é por ser uma marca portuguesa, mas a verdade é que tem em maior consideração as curvas que muitas mulheres têm. Melhor, eu sou baixinha e o modelo de calças pelo tornozelo ficou na medida perfeita. Gostei de um modelo com um ligeiro push-up e antes que tivesse de voltar tão cedo às compras, levei-o em duas cores diferentes.
 Também não resisti a esta camisa, às riscas navais e com um corte que deixa os ombros descobertos. Tem a minha cara.
 As sabrinas foram-me oferecidas no Natal pela mamacita, mas o meu habitual 36 teve que ser devolvido para um 35. Chamem-me doida, mas mesmo com este calor estou à espera de uma ocasião especial para estreá-las.





Tenham o resto de uma óptima semana!

Com amor,
A Marquesa

domingo, 9 de abril de 2017

Então e como vai a tese?

Esta fase da minha académica é estranha. Durante 6 meses estagiei uma média de 9 horas por dia, 6 dias por semana, num ritmo acelerado sempre com tarefas para fazer no momento. Adorei a experiência e quando terminou de um momento para o outro foi muito estranho. De qualquer maneira, estava ocupada em repôr horas de sono, viajar para a Irlanda com o meu namorado e ver lá os meus tios, ter uma toxinfeção alimentar e rever os meus amigos. Só vos tenho a dizer que não me lembro da última vez que tive uma vida social tão activa. Como não tenho horários nem um sítio obrigatório para estar é muito mais fácil dizer que sim a toda a gente e fazer planos com as pessoas de quem gosto.
 Já a tese em si... segundo a minha orientadora está encaminhada, o que não deixa de ser verdade. Escolhi o meu tema, tenho os dados necessários dos casos que vi durante o estágio e já sei a estrutura da minha dissertação. Só falta pôr as mãos à obra. O que acontece é que sempre fui uma rapariga trabalhadora, mas cuja principal motivação são os prazos. Eu bem tento começar a fazer as coisas com antecedência, mas é depois aquela adrenalina, a frustração e exasperação dos momentos finais que me faz escrever como um poeta que encontra a sua musa. Estupidamente são esses trabalhos que escrevo com lágrimas e dores de barriga do stress que têm melhor classificação. Malditos.
 Portanto, embora vá tentar continuar a aproveitar as oportunidades para estar com as minhas pessoas, vou tentar impingir a mim mesma prazos. Ontem até já fiz esta imagem a seguir para os objectivos do próximo mês, que defini como fundo do ambiente de trabalho para causar alguma pressão. (Tenho que seguir os meus próprios conselhos).



Tenham uma boa semana!

Com amor,
Catarina

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Tempos Que Ser Umas P'ras Outras - Bandas de depilação facial (Veet vs Skino)

 Se há coisa que eu gosto nos meses de Inverno é poder ir menos frequentemente à esteticista. Nada contra as esteticistas, mas o facto é que arrancar a nossa camada de pelagem com cera não é a sensação mais agradável do mundo. Também não tenho nada contra pêlos, mas para mim são uma parte mais íntima de mim e não os quero andar a mostrar na rua. 
 Como não escondo a cara no inverno, continuo a querer tirar os pelinhos da zona do buço e manter as sobrancelhas on point (ou pelo menos afastar a "monocelha"). E é aí que as bandas de cera me permitem adiar a ida à esteticista.
 Sempre usei as da Veet, que agora até têm para peles sensíveis e são as que tenho adquirido. Bastava esfregar uma das bandas entre as minhas mãos, separar, usar no buço e na zona entre as sobrancelhas e voilá. Tem também toalhitas embebidas em óleo de amêndoa para retirar os restos de cera e hidratar as zonas irritadas.
 Porém, da última vez que fui ao supermercado decidi ver se a diferença de preço (quase um terço) das mais baratas se justificava. Trouxe então as bandas da marca Skino (marca branca do Pingo Doce).
 Têm um cheiro mais agradável que as da Veet, mas os pontos a favor (para além do preço) param por aí. Tive que gastar o dobro das bandas porque parecia não agarrar tão bem o pêlo depois de uma primeira utilização, ao contrário das da Veet que funcionam bem as duas ou três vezes que as utilizam. Na zona entre as sobrancelhas então, foi mesmo muito complicado e como tive que repetir mais vezes acabei por ficar com essa zona um pouquinho maltratada. As toalhitas embebidas em Aloe Vera também funcionaram bem.


Portanto, pelo menos a Skino para já vou pôr de parte. Têm mais alguma marca que me recomendem?


Tenham um bom fim de semana!

Com amor,
Catarina


domingo, 2 de abril de 2017

Guia para Londres - Carnaval de Notting Hill

No último fim-de-semana de Agosto (e o último que estive por Londres) ocorreu mais uma edição do "Notting Hill Carnival". É um evento anual, que celebra a cultura Africana-Caraíba em Inglaterra.
Só ouvi falar deste Carnival na sexta-feira anterior, por causa de dois veterinários estarem a conversar sobre os seus planos para o fim-de-semana. Não sabia bem o que esperar, mas fiquei curiosa e fui.


A única coisa semelhante ao nosso Carnaval é que existe uma parada, com algum pessoal vestido a rigor e música. O resto das pessoas vão vestidos com roupa normal, com um ou outro apontamento de cor em alguns casos, na maquilhagem ou em acessórios festivos. A saída de metro de Notting Hill estava fechada e tive que sair na paragem anterior, mas a multidão fez com que nem fosse necessário ligar o GPS ou pedir direcções. A zona de Notting Hill em si é uma zona cara de habitação e tem edifícios lindos, quase destoando do ambiente festivaleiro da multidão que passa.





Já a festa em si, é engraçada, tem música e comida caraíba com óptimo aspecto mas achei menos animado que o nosso carnaval, por exemplo. Pode ter sido por este povo ser menos recetivo e desinibido (a não ser já com litros de álcool em cima) que o português. Também penso que ir sozinha contribuiu por ter achado isso, visto que fui quase só quase para observar.


Outras publicações sobre Londres: Dicas, Walk Like a Londoner, Brighton, Camden

Tenham uma óptima semana!

Com amor,
Catarina