quarta-feira, 31 de maio de 2017

Salvadorcite

 Desde que ouvi a música "Amar Pelos Dois" pela primeira vez (quando houve polémica ainda na escolha da música para o Festival da Canção e o Miguel Araújo a partilhou), fiquei curiosa com o dono daquela voz cuja interpretação da música nos emocionava sem sabermos como.
 Nos recomendados do Youtube apareceu-me a audição do Salvador Sobral dos Ídolos. Reconheci-o da única temporada que assisti (pronto, a meio das galas fartei-me e fiquei por aí) deste programa. Já referi que o nome que gostava de dar a um filho meu era Salvador (aqui) e, nunca tinha admitido a ninguém até recentemente ao meu namorado, que se deriva de nunca ter conhecido ninguém com esse nome (em Leiria os betinhos são Joões, Jozés, Henriques e Franciscos com um segundo nome) até ver aquele rapaz com um ar fofinho, com bom gosto musical e que tinha atitudes românticas para a sua namorada. Por isso na altura associei o nome bonito a uma boa pessoa e ficou na minha lista.
 Não era super fã ou apaixonada por ele, tanto que nunca segui o seu percurso, mas foi uma bela surpresa ver o quanto ele conseguiu progredir na sua carreira musical e como se tornou num performer único. Estive a assistir ao concerto dele que passou na RTP e parece continuar fofinho na interação com as pessoas (e, admito, charmoso e giro).
 Só sei que não me importava de receber o CD dele para ouvir no carro. *just saying*

Aqui fica uma das minhas músicas preferidas, em que dá voz ao poema Presságio de Fernando Pessoa.
(A música começa aos 3:21)


Para acabar, devo dizer que aproveitei esta nova panca para me tentar motivar para a minha lenta escrita da tese de mestrado.

Tenham o resto de uma óptima semana!

Com amor,
Catarina

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Sobre a(s) Irlanda(s) - Malahide, Game of Thrones e Phoenix Park

Falei vagamente sobre ter feito uma viagem à Irlanda há quase dois meses atrás (aqui), mas a verdade é que não tenho muito para elaborar. A melhor parte foi ter ido na Game of Thrones Tours visitar alguns dos locais onde filmaram a série. Visitei também as principais atrações perto de casa dos meus tios, mas de Dublin vi pouco mais que o Zoo e o percurso do autocarro do City Sightseeing. O resto ficou reservado para o último dia, em que adoeci.
 Deixo-vos aqui as fotos e um link para um vídeo onde eu e o meu namorado falamos um bocadinho sobre a nossa viagem (sou muito camera shy, não se assustem).


quarta-feira, 17 de maio de 2017

3 idiotas

 Desde que vi o "Quem Quer ser Bilionário" no ano em que ganhou o Óscar (há quase 10 anos!) digo aos meus pais que adorava ver um filme tipicamente indiano de Bollywood. Com aqueles números de dança e música pelo meio, com o drama e com actrizes indianas tão bonitas que queremos ir a correr comprar um sari.
 Foi num sábado à noite que decidimos que o programa seria ir buscar comida chinesa e ver um filme em casa. Pelo top do IMDb começámos a descartar filmes até chegar ao "porque não?" num dos filmes indianos com a melhor classificação de sempre: "Três Idiotas".
O filme conta a história de Farhan, um rapaz cuja família queria que fosse engenheiro desde o dia que nasceu, embora a paixão dele seja fotografia de animais selvagens. Quando vai para a faculdade conhece Rancho, um rapaz que não se conforma com algumas tradições e regras de alunos mais velhos e professores. Ao contrário dos outros, Rancho gosta genuinamente de engenharia e leva Farhan e o seu colega de quarto Raju a ver o lado mais positivo e irreverente da vida.
Há romance, há drama, há números musicais mas o que teve de melhor foi fazer-me rir à gargalhada, sem ser com piadas óbvias e parvas como American Pie (desculpem-me os fãs, mas não aprecio muito esse género de humor). Não é uma obra-prima, mas tem uma boa história, dá-nos a conhecer mais sobre a cultura indiana e faz-nos pensar sobre os moldes da sociedade em que estamos inseridos.
Recomendo imenso e deixo-vos o meu número musical preferido. Lembrem-se: "All izz Well".


Com amor,
Catarina

segunda-feira, 15 de maio de 2017

24 anos e o meu fim-de-semana

Pela primeira vez, escrevo-vos já com 24 anos no corpo.
Este ano o meu aniversário não começou da melhor maneira. Já sei que quando a Queima das Fitas coincide vou ter duas ou três baixas no meu jantar de amigos e também sei que três das minhas pessoas mais queridas estão no estrangeiro, mas costumo conseguir juntar meia-dúzia e fazer uma celebração mais íntima. Este ano, para além do meu namorado, só podia vir uma amiga minha que à última hora ficou retida em Coimbra. Fui tomar café na 6ª com um amigo meu que não tinha disponibilidade para jantar e foi isso. Sei que ninguém fez de propósito para não estar na cidade naquele fim-de-semana mas a verdade é que me doeu imenso e trouxe aquelas inseguranças que costumam estar arrumadas no fundo da alma ao de cima.
Porém, não houve muito tempo para lamúrias porque na manhã seguinte fui fazer voluntariado para o Banco Solidário Animal. O meu namorado foi um amor e deixou-me inscrevê-lo também para não me aventurar sozinha e, fora as dores de costas, pernas e garganta que fiquei por falar da iniciativa e entregar panfletos às pessoas, valeu cada momento quando via os carrinhos a encherem-se com comida para os animais de associações, famílias carenciadas e sem-abrigos. 
Pela primeira vez na minha vida, confecionei alguns pratos para uma festa minha. A minha avó (aka Deusa da Cozinha) não tem experiência com comida vegetariana, por isso pus as mãos na massa (literalmente!) e fiz Folhados de Espinafres, Tofu e Cogumelos (receita do livro da Gabriela Oliveira) e Bolinhas de Grão e Cenoura (receita da Made by Choices). Com a mão-de-obra do meu Di e dicas de experiência da minha avó correu tudo bem e recebi elogios de vários membros da família.
O meu aniversário acabou da melhor forma, com a minha família a torcer pelos irmãos Sobral na Eurovisão e a pedir à família na Irlanda para votar (cuja minha tia nos chocou há um mês atrás dizendo não gostar da canção). A minha mãe e primas comentavam como nas suas infâncias era comum assistirem também em família a este concurso e como todo o país conhecia a música que os representava. Nunca tive o hábito de assistir à Eurovisão lá em casa e, em parte, penso que é por nunca ter tido orgulho na canção que nos representava. Para além da linda melodia, a interpretação do Salvador dá-nos a sensação de que nós próprios também estamos a sofrer de um amor não-correspondido tal é o nó da garganta que surge.
Sofri tanto enquanto anunciavam as pontuações. Esperava que ficássemos em 2º ou 3º lugar, mas a Europa surpreendeu-nos por conseguir emocionar-se com uma música cuja letra não compreendem. Fiquei mesmo feliz por eles.
Domingo foi dia de rever mais família, comer fatias dos bolos que restaram e passear com o meu Bóris que comemorou os 6 meses.

Como correu o vosso fim-de-semana?

Com amor,
Catarina

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Sitting Waiting Eating - Casanova

 Mesmo tendo passado toda a minha vida académica em Lisboa, sinto que não conheço nem 1/10 da cidade.
 Por isso, alguns dos tópicos de conversa que me deixam sempre feliz é a partilha de locais para visitar, paisagens para ver e restaurantes onde comer por quem já vive cá há mais tempo.
 Numa importante discussão sobre as melhores pizzas da cidade no estágio, houve um nome que quando veio à baila, todos os que conheciam concordaram ter a melhor pizza italiana lisboeta: Casanova.
 Num Sábado à noite decidi ir experimentar as famosas pizzas com o meu date de sempre. Chegámos a Santa Apolónia por volta das 21h da noite e, mesmo sendo hora de ponta, esperámos apenas 10 minutos pela mesa. Ainda tive algum receio sobre ser uma mesa no exterior, mas têm uns aquecedores que ajudam a afugentar o frio.
 Há imensa variedade de entradas, massa e pizzas mas decidimos ficar-nos apenas pelas estrelas da casa. 
 Foi-nos servida Acqua della casa e um Chá frio da casa que eu pedi. Para comer, uma Parmiggiana e uma Vegetariana (para lacto-vegetarianos há imensa variedade!) a fazerem-nos apaixonar por comida uma vez mais. Sabem aquela sensação de que já estão cheios mas mesmo assim cada garfada continua a saber muito melhor do que a potencial indisposição? Era assim tão boa.
 Para sobremesa pedimos uma panacotta de frutos vermelhos e um sorvete de limão, ambos deliciosos.
 Todo o atendimento foi muito atencioso e rápido para comida feita ali na hora, ainda mais para um dia em que o estabelecimento estava cheio. O preço, para mim, considerei justíssimo para a qualidade e tamanho das pizzas.
 Sobre a atmosfera posso dizer que, embora as fotos durante o dia façam inveja e a paisagem para o rio seja linda, de noite tem um encanto muito descontraído e romântico com as luzes e tudo mais. Tem ainda a vantagem de fechar apenas à uma e meia da manhã, sendo um bom spot para uma ceia deliciosa.




Já conheciam o espaço? Quais são as vossas pizzas favoritas de sempre?


Tenham um óptimo fim de semana!

Com amor,
Catarina

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Guia para Londres - Souvenirs

Para acabar a temática da cidade de Londres, deixo por curiosidade alguns dos souvenirs que trouxe comigo. Aqui faltam umas latinhas de chá "Keep Calm and Carry On" que ofereci ao meu pai, umas manteigas corporais da Marks & Spencer à minha mãe e uma t-shirt da Team Valor (Pokemon Go) ao meu irmão.


Em Camden perdi-me por uma promoção de 2 tops por 5£ e trouxe um referente a Game of Thrones e outro com os três Talismãs da Morte de Harry Potter.

Para o meu namorado trouxe a t-shirt do Han Solo (Star Wars) da loja de M&M's e a do Gengar  (Pokémon) também de Camden.

Da loja 9 e 3/4 de King's Cross trouxe esta sweatshirt com o brasão de Hogwarts (que mais tarde vi em versão praticamente igual e muito mais barata em Camden).

Na Boots comprei um batom de cieiro da EOS de mirtilos e um creme hidratante com proteção solar. (Falei do batom aqui.)


Na Cath Kidston comprei a minha agenda de 2017, que tem vista anual, mensal e semanal e muito espaço para tomar notas.

Algures na North Lane em Brighton entrei numa loja com utensílios de cozinha e mais umas quantas utilidades e encontrei este dispensador de fita-cola em forma de unicórnio que é a cara chapada da minha melhor amiga. Ela adorou!


Espero que tenham gostado destas publicações sobre Londres. Sei que, para mim, deu uma vontade imensa de lá voltar.


Com amor,
Catarina


Outras publicações sobre Londres: DicasWalk Like a LondonerBrightonCamdenCarnaval de Notting Hill, Greenwich/ St Paul's Cathedral/ London Tower

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Os podres dos senhores da fruta

 Há uma profissão que ganha muito ao se aproveitar das emoções das pessoas. Publicitários, escritores, actores, pintores, bailarinos, agentes funerários, jogadores de futebol? Também, mas não são os mais importantes. Hoje venho falar dos vendedores de fruta.
 Todos os anos sucede o mesmo fenómeno cá em casa. Chega a esta época do ano e começam a aparecer as nossas frutas da época favoritas. Nós já sabemos que aquela melancia vai saber a água ou que aquelas cerejas ainda vão estar amargas, mas as saudades são tantas que não há como não as trazer connosco. O pior é que a maioria das vezes até pagamos mais por fruta que daqui a um mês nem que nos pagassem comeríamos. É o poder da nostalgia.
 Na verdade, nem sei se estas frutas, como a melancia, romã e cerejas, são realmente as que eu mais gosto, ou se estou é farta de comer sempre bananas, laranjas e maçãs. Como diz o ditado: fruto proibido (ou mais escasso sazonalmente) é o mais apetecido.


Espero que tenham uma óptima semana!

Com amor,
Catarina

quarta-feira, 3 de maio de 2017

O estigma da Depressão

 Ontem fui ver os "Guardiões da Galáxia 2" ao cinema com o meu namorado e um amigo (está giro, mas o primeiro foi muuito melhor) e voltámos de táxi para casa. O taxista estava a ouvir uma entrevista na Renascença e brindou-nos com um "Então vocês jovens agora andam a matar-se por causa de um jogo?". Eu nestas situações infelizmente sei que, normalmente, o que quer que eu diga entra por um ouvido e sai pelo outro. Há um certo tipo de pessoas cujo meu sexo e idade fazem com que dêem a mesma credibilidade aos meus argumentos que às de um caracol.
 O meu namorado ainda lhe respondeu que não era o jogo que andava a matar ninguém saudável, eram jovens com depressão a quem os suicídios infelizmente aconteciam. Mas claro que o senhor nem lhe fez caso.
 Eu própria me confesso, até há poucos anos atrás não tinha sensibilidade quase nenhuma para doenças do foro psicológico. 
Ensinaram-nos como funciona o corpo humano. Quais os seus constituintes, para que servem, do que precisam para funcionar normalmente. Dão-nos exemplos do que acontece quando alguma coisa falha, ou quando falta até um simples composto. Temos aulas sobre educação sexual, sobre doenças sexualmente transmissíveis, álcool e drogas.
 Dos únicos contactos que tive na escola com doenças mentais foram sobre distúrbios alimentares e também cartazes de uma turma que escolheu a opcional de Psicologia no 12º ano em que expunha uma doença mental em cada ilustração.
 Na Universidade felizmente já era comum falar-se de depressão e ansiedade pois os próprios professores alertaram-nos para a elevada prevalência destes transtornos no ensino superior.
 É-me mais fácil compreender uma doença física, somática do que psicológica. Para além de não ter formação nessa área, parece não ser tudo tão dicotómico ou ter causa-efeito diretos. Embora tenham essas diferenças, não deixam de ser ambas doenças. Não deixam as duas de ter sintomas que devem ser examinados por pessoas qualificadas e tratadas. Uma pessoa não fica com pele amarela se não tiver problemas no fígado, assim como uma pessoa não pensa em auto-mutilar-se quando está mentalmente saudável, por muito forte que seja uma infuência de um jogo ou de uma série.
 A depressão então, aprendi que pode ser silenciosa. Pode passar por falta de vontade de querer sair da cama, ataques de choro, tristeza sem razão aparente ou alterações do apetite (podem ver mais aqui e aqui).

 Quando chegámos a casa o Di mostrou-me um vídeo de que já me tinha falado e no qual o Felipe Neto conta a sua experiência com a depressão, fala sobre o estigma contra as doenças mentais e ainda dá imensos conselhos e passos a seguir caso sofram deste problema. Não poderia recomendar mais a visualização do mesmo. 



E obrigada também à Ordem dos Psicólogos, que anda a trabalhar para que pessoas saudáveis da população geral, como eu, consigam ter alguma ideia sobre o que é ter uma doença mental.


Que tenham o resto de uma semana (genuinamente) feliz!

Com amor,
Catarina